terça-feira, 1 de junho de 2010

Sonho + ilusão = ?

Acordei sem vontade de ficar. Saí. Olhei a meu redor e nada fazia sentido. Acordei de um sonho que vivi, sentei-me em frente ao espelho e reflecti, tentei explicar o que senti, quis sair bem do meu próprio pensamento. Lá fora a chuva cai, o tempo não pára. Mas dentro do meu quarto, o silêncio invade-me, o tempo não anda. Parou. Não fazia sentido ele andar, enquanto vivia o sonho. A saudade já não faz sentido, mas continuo a sonhar, a acreditar que um dia serei recompensada, que um dia após outro, cada pormenor fará sentido. As pegadas apagam-se, já sei que nada vai voltar, no entanto, o caminho continua a chamar-me. Olho pela janela, parei no tempo, o tempo não parou para mim. Foste um sonho e fui eu a sonhadora. Foi um belo sono, o sonho é possível, mas não dura eternamente, já como diz o poeta «é o sonho que comanda a vida!». Se não se sonhasse, ninguém ia mais além! Não se saia do lugar! Eu não quero ir pelo caminho traçado, pois até aí todos os outros já chegaram! Quero ser eu a construir o meu próprio caminho e chegar mais e mais além, para lá do infinito, porque tudo é possível para quem acredita. «Pedras no caminho? Guardo-as todas, um dia construirei um castelo!» Um castelo de magia e perfeição imperfeita, um castelo onde reina o sonho, o imaginário, um castelo de princesas e príncipes encantados, como nos contos de fadas. Um dia pegarei nas memórias e atirá-las-ei pela janela, a janela do pensamento. Quero voltar a adormecer, quero voltar a sonhar, quero voltar a sentir sem pensar no porquê, quero ser eu, mais e mais um dia, sem causas ou consequências, apenas sonhando…para além do infinito!