Podia ter imaginado mil e uma histórias de encantar, mas terminariam todas no mais horrendo pesadelo. Podia ter amado incondicionalmente, com todas as minhas forças, mas nunca iria ser retribuída da mesma forma, com a mesma magnitude. Podia ter alcançado vitórias efémeras, mas nunca me iriam por a sorrir eternamente. Podia ter feito melhor, mas não fiz. Resignei-me ao que me bastava; ao que nunca me bastou, afinal.
"A feeling is more stronger than a thought"
Quando os sonhos e ilusões ultrapassam qualquer outro objectivo. Meras expectativas. Opiniões. Sentimentos.
domingo, 19 de dezembro de 2010
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Nova etapa
E é quando uma etapa acaba que temos a sensação de que, realmente, somos fracos e que nada é como queremos.
O fim de algo provoca uma imensidão de dores e apertos. É como que morrer por dentro, como se o sol deixasse de raiar a cada manhã.
Chega a altura de “enterrar os mortos e cuidar dos feridos” ; melhor dizendo, deitar para trás das costas o passado e cuidar do presente para que o futuro seja melhor.
É uma longa viagem, um longo caminho, uma longa jornada, mas o que importa, é que a etapa terminou e nós continuamos cá, cada um com a sua vida, de costas voltadas, sem quaisquer ambições ou sonhos promissores, mas cá, à espera de algo que nos atenue a alma.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Indecisões Incautas
terça-feira, 5 de outubro de 2010
O Barco e o Cais
É como que se uma onda chegasse, arrebatadora e intensa, e me quisesse levar de novo ao porto que abandonei, ao cais que me deixou quando eu atracava com a maior das forças, no âmbito de nunca o mais deixar. Essa mesma onda que me levou, que me fez andar à deriva no oceano, que me revoltou contra a humanidade e que originou uma verdadeira tempestade dentro de mim.
Tempestade, furacão, marés cheias, marés vazias… balancei, andei à toa, sem perceber por onde andava a navegar, para que lado estava o cais que me viu partir e nada fez para me salvar. Tudo levava a crer que queria mesmo que eu fosse para longe, para o alto mar, sem quaisquer tipos de apoios, com os remos partidos, com o coração destroçado.
Viu-me partir, disse-me adeus… a onda chega e leva-me perto do cais e fico a mirar cada pormenor, cada recordação, cada sentimento passado, mas não me deixa ficar lá. O porto tem novos barcos, novas ambições… e não quer o barco antigo de novo. É como se a vida fosse interminável, como se fosse um ciclo sem fim, uma perda vitoriosa do tempo contra o ser humano.
O barco continua à deriva. Continua sem porto onde atracar. Continua ansioso por novas oportunidades para demonstrar que merece um bom sítio.
O cais vive sem pensar. Atracam nele todos os dias novos navios, glamorosos, guerreiros… nunca mais se lembrará de um barco antigo, que deixou partir, que não agarrou, que tem saudades do velho cais, do velho porto de abrigo, da velha e querida âncora que o segurava por entre as vicissitudes ambíguas que se demonstravam impenetráveis.
Era uma vez um barco e um cais de quem mais ninguém quis saber...
sábado, 2 de outubro de 2010
Rotinas do Nada
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
O maior cego...
Gosto de pensar que o amanhã é uma incógnita. No entanto, planeio tanto o hoje, que esse amanhã torna-se susceptível à incoerência do meu pensamento fundamentado em teorias ilusórias. Nasci assim, morrerei assim. Quando penso em mudar, o meu coração fica triste com medo de ficar vazio. Ele precisa dos outros, precisa de continuar a perdoar, precisa de sorrisos e precisar, essencialmente, de continuar a ser o “meu coração”, e não um qualquer.
O meu coração suspira, entristece-se, fica só quando alguém o desilude, mas tende sempre a perdoar, tende sempre por ir mais além na expectativa de que tudo tenha sido um pesadelo. Mas não. Nunca acordo, e tenciono não o fazer. Não quero ver a realidade, a verdadeira “miséria” em que o Mundo se está a tornar e em quanto as pessoas que nos rodeiam podem ser falsas e más. Quero continuar adormecida, mas não menos atenta. Apenas esperando que o amanhã seja menos mau e que o coração continue a não querer contemplar a realidade.
domingo, 12 de setembro de 2010
Donos do Tempo Perdido
Mentira. O tempo foi, não voltou. Continuou sempre em frente e eu sempre para trás. Eu parei para o tempo, o tempo não parou para mim. Tentar alcança-lo é agora uma meta, um objectivo que tenciono concretizar o quanto antes. Preciso de sonhos, preciso de me agarrar ao céu. Preciso de não impor limites a mim mesma. Quero e posso ser feliz!
"E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram.
Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."
Miguel Sousa Tavares