segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O maior cego...

Pedaços de nada invadem constantemente o meu pensamento. Pedaços de intrigas passadas e mal vividas, híbridas ao sabor da melancolia precoce de um futuro quiçá consciente.
Gosto de pensar que o amanhã é uma incógnita. No entanto, planeio tanto o hoje, que esse amanhã torna-se susceptível à incoerência do meu pensamento fundamentado em teorias ilusórias. Nasci assim, morrerei assim. Quando penso em mudar, o meu coração fica triste com medo de ficar vazio. Ele precisa dos outros, precisa de continuar a perdoar, precisa de sorrisos e precisar, essencialmente, de continuar a ser o “meu coração”, e não um qualquer.
O meu coração suspira, entristece-se, fica só quando alguém o desilude, mas tende sempre a perdoar, tende sempre por ir mais além na expectativa de que tudo tenha sido um pesadelo. Mas não. Nunca acordo, e tenciono não o fazer. Não quero ver a realidade, a verdadeira “miséria” em que o Mundo se está a tornar e em quanto as pessoas que nos rodeiam podem ser falsas e más. Quero continuar adormecida, mas não menos atenta. Apenas esperando que o amanhã seja menos mau e que o coração continue a não querer contemplar a realidade.

1 comentário:

José Oliveira disse...

hello!

desde ja desculpa a demora a responder, mas tenho tido problemas com a net ca de casa (em aveiro)

Adorei o texto vania..adorei o ritmo, a intensidade, os recursos estilisticos, tudo...

adorei a ideia que transmististe do teu carácter forte, puro, disciplinado para praticar o bem

continua assim Vania, es uma excelente pessoa, e uma excelente escritora tb =)

Beijinho **