Há coisas na vida que nos prendem a pensamentos efémeros que não passam de pura ilusão, quiçá (des)ilusão. Ficamos retidos numa retrospectiva aparentemente saudável que desata a remoer tudo o que se tem no coração e que, no fim, nos torna ocos, sem quaisquer tipos de sonhos, sem qualquer tipo de ilusão.
Passamos metade da vida a pensar no amanhã, a criar soluções infundadas, a tentar perceber o que está por trás do que não se pode perceber.
Perdemos tempo. Perdemos vida. Perdemos sorrisos. Perdemos pessoas.
Nesta azáfama sem fim, onde o que governa não é, como se diz ‘a lei do mais forte’, mas, sim, ‘a lei do mais fraco’, embatemos num caos, um caos de amargura, prisão. Batemos no fundo e paramos. Quando renascemos das cinzas, olhamos para trás e é aí que se vê: perdemos. Perdemos mesmo. Não vale a pena voltar a parar. O caminho, acima de tudo, é íngreme e a meta está onde e quando menos esperamos. Perder pode ser sinónimo de ganhar, ganhar algo mais.
Obrigada a quem me ajudou a "ver para além das fachadas".
2 comentários:
TExto muito bom Vania, como já é comum vindo de ti!
Eu sou perito em ficar preso em retrospectivas nas quais vejo protecçao.
O caminho para a felicidade é mesmo ingreme, sinuoso, esburacado.
Mas tal como disseste, perder pode ser sinónimo de ganhar;
Na minha opinião, não há vencedores nem vencidos nesta corrida, pk ng está sempre feliz, do mesmo modo que ninguém está sp infeliz...vivemos neste estado de oscilação entre a melancolia e a alegria.
As quedas ensinam-nos a ser fortes, "A protegermo-nos" e a seguir em frente, ao encontro do melhor que a vida tem para nos dar =)
Por muito tempo, o meu maior objectivo era que o teu olhar não se limitasse a ver o que era cómodo para os outros que tu visses, mas sim a veres o que vai para lá do horizonte.
Agora que o viste, não posso estar mais contente.
Se há pessoa que merece viver sem perdas desnecessárias causadas por pessoas com fúteis, és tu. No fim de tudo, apenas ganhaste e o que julgou ter ganho, perdeu.
Minha Vânia.
Enviar um comentário